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quarta-feira, 8 de junho de 2011

No lugar certo, na hora certa

Não sei como foi para os outros jovens e adolescentes, mas para mim JV era uma coisa normal, um acampamento como outro qualquer. Com o passar do tempo, com meu irmão me pressionando pra caramba para conseguirmos as roupas das festas temáticas, o pessoal falando que o acampamento era maneiras pacas, acabei criando certa ansiedade.

No momento eu estava tendo uma guerra espiritual dentro de mim, estava cometendo vários pecados, fazendo várias besteiras, e depois pedia perdão a Deus, achando que esse era o certo. Fui criado na 2º Igreja Batista em Irajá, então sempre estive sendo guiado no caminho certo. Só que em algum momento, em meio aos problemas, eu quis desviar um pouco. E então tudo começou.

Saímos lá de Monte Alto numa caravana que ainda ia pegar um pessoalzinho que estava na Tijuca (a caravana deles era maior que a nossa) rumo à Arujá. Quando cheguei lá, fiquei meio assustado. Uma grande quantidade de pessoas semelhantes e diferentes de mim, em vários aspectos, mas que lá no final, estariam na mesma posição que eu.

E como eu era meio doido, dois dias seguidos antes de irmos, eu acordava às 06h da manhã para correr uns 6 km para não estar despreparado, mas isso não adiantou muito... Pelo menos serviu pra dar uma finta em um canibal, como podem ver em seus DVD’s!

A sensação que tive enquanto estava no JV era de que eu não estava sozinho. Aquela sensação de conhecer novas pessoas e principalmente de me aproximar mais de Deus era constante. O que me surpreendeu foi quando eu vi uma garota chorando sozinha, então fui falar com ela... Depois que conversamos um pouco ela me disse: “Eu estava pedindo ao Senhor que me mandasse alguém desconhecido para vir falar comigo”.

Pronto. Naquele momento eu vi que estava ali por alguma razão. Fiquei surpreendido porque Deus nos coloca em certos lugares que por mais que às vezes nós não percebamos, Ele está nos usando.

É muito dicífil descrever em texto como o JV foi importante na minha vida, como me mudou, como me reanimou. Mas uma coisa é certa: vale muito à pena, tanto para as pessoas que já estão bem e querem sentir aquela sensação gostosa que falei, quanto para as pessoas que, como eu, estavam precisando de algo para animar, para reviver os sentimentos perdidos ao longo do tempo, e o sentimento de estar seguro no relacionamento pessoal com Deus.

Por: Pedro Paulo Furtado

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